Outro fator de descontentamento no palácio foram as duas entrevistas concedidas pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e uma outra do ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante o dia. Os dois ministros, “erroneamente”, de acordo com interlocutores do presidente, trataram com desdém os integrantes do grupo “Defensores da Sharia”, classificando-os de “amadores” e “sem preparo”.
Assessores presidenciais lembraram que pessoas que praticam atos terroristas não precisam de nenhum treinamento maior pois atentados como estes são executados por pessoas que primam pelo radicalismo e até desequilíbrio. Também não foi bem recebida a insistência do ministro em dizer que o risco de atentado “é mínimo”, quando ele deveria ter se limitado a falar das preocupações com o fato e da atenção que o governo está dando à questão.
Outra queixa foi o fato de Alexandre de Moraes dizer que o Brasil não é alvo, mas por causa da Olimpíada do Rio se transformou em palco de atentados. Em relação a temas como este, na avaliação destes interlocutores, quanto mais falar, pior. A repercussão no mundo sobre estas prisões também deixou o governo preocupado.
De Estadão Conteúdo, VEJA
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